segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Obrigado

Acabou ontem a temporada no TEC. Foi uma longa jornada que nos uniu durante meses e que culminou numa série de espectáculos que nunca esqueceremos.

Queremos agradecer a todos os que nos apoiaram e tornaram possível este projecto. Agradecer em primeiro lugar ao público que nos foi ver, ao Thiago Justino, à Rita Simões, ao Guto Silveira, à Maria João da Rocha Afonso, ao Augustus, aos Drumalicious, à equipa do TEC, à Lili e a todo o elenco. Estamos todos de parabéns!

Há agora muito para aprender para que o próximo trabalho desta companhia seja melhor.

A digressão começa em Janeiro. Fique atento e continue a acompanhar o "Doce Pássaro da Juventude".

Obrigado

Não será verdade que todos temos um sonho?

I have a dream…


Sentado, um grupo de pessoas assiste à exposição de um sonho: I have a dream. Tal como nós, é público. Mas ao grupo, esse sonho toca e incita-o a agir. E fá-lo querer contar uma história: uma história de amor e ódio mas, sobretudo, a história da juventude perdida ou mesmo nunca vivida. Passando à acção, preparam o espaço, preparam-se a si próprios: passaram de público a actores. Mas não são personagens: são eles próprios, um grupo de amigos que se reuniu para falar de si, da sua vida, do que os preocupa.


I have a dream: o sonho que é o teatro, o sonho que é agarrar o doce pássaro da juventude e mantê-lo consigo, o sonho que têm Under my skin. Mas, depressa o constatam, “já ninguém é jovem”. Será que, neste mundo alguém alguma vez o foi? Verificamos, ao longo do desenrolar da acção que estamosperante juventudes perdidas, destruídas pela ambição, pela luxúria, pela ambição, pelo mau uso dos dias em que existiu, restando a constatação dessa perda sobre a qual se Cry a river. O desequilíbrio é geral e a música acompanha essa perturbação: o tempo não pára, como não pára o movimento em cena. O bulício e agitação da cidade são a tradução de um tempo que escorre por entre os dedos como areia numa ampulheta cujo curso ninguém é capaz de inverter.


Mas não é só nas pessoas individuais que a ausência de juventude se revela: ela revela-se também no funcionamento de uma comunidade dominada por um cacique com um ideário velho e gasto, de ódio e autoritarismo. Stormy Weather, assola a cidade, velha pelas suas ideias e regras já fora de moda, que desaba sobre o único a manter uma (falsa) aparência de juventude: o jovem que em tempos fugiu para encontrar o sucesso que o faria regressar em glória à sua terra natal. Tal como aconteceu aos que ficaram, a sua vida falhou, e até a ligação à antiga estrela de cinema que lhe abriria as portas da glória se revela mais uma porta fechada. Ela avisa-o: passaste ao lado da única coisa que não podias dar-te ao luxo de desperdiçar: o teu tempo.” Curiosamente, é esta mulher, em fuga de si própria, quem acaba por nos mostrar a medida da realidade: no momento em que descobre que, afinal, o seu coração não está morto como pensava, toma ainda consciência do ponto de depravação que a sua vã busca de juventude a levou. Perdida (ou nunca vivida) a frescura da juventude, a excitação, a “vida” consegue-se com álcool, haxixe, sexo, dinheiro e comprimidos: “a sua vaidade é infinita; quase tão infinita quanto a versão que têm por si próprios”.


Amazing grace. A salvação vem de fora: um telefonema, intrusão do exterior no casulo de recusa que a Princesa criou, mostra-lhe que a realidade não é o que pensava. Com as câmaras assestadas sobre si, por entre lágrimas, ela renasce para a vida – e para um novo filme – deixando para trás tudo a que se agarrou em tempos de infortúnio, e Chance, a sua ilusão de juventude, é abandonado a favor de um novo I have a dream.


Entre a vida e a ilusão do teatro, o espectáculo desenrola-se em sucessivos takes e experiências, com a acção cortada por um realizador que assume o carácter experimentalista da história que o grupo decidiu contar. E se no sonho se começa, no sonho se termina: evoca-se o que foi a imagem desta juventude não vivida no grande écran e a promessa da concretização do sonho no mundo em que vivemos. Não será verdade que todos temos um sonho?


Maria João da Rocha Afonso

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Não será demais lembrar...

Em palco:

Paulo Pimenta - Chance Wayne
Lili Caneças - Princesa
Carlos Barradas - Patrão Finley
Daniela Lima - Heavenly, Tia Nonnie, Miss Lucy
Miguel Lachat - George Scudder, Jornalista
Nuno Sousa - Tom Junior, Scotty
Patrick Branco - Hatcher
Aline Frazão - Cantora, empregada da casa dos Finley

Músicos (Drumalicious):
Vanny Ardin - DJ, Sonoplastia
Armando Soares - Percussão
Rui Lisboa - Percussão

Equipa lá em cima:
Nuno Mateus - VJ (Drumalicious)
Guto Silveira - Luz
Equipa do TEC


Como já é sabido, a encenação é de Thiago Justino, assistido por Rita Simões, os figurinos de Agustus e todo o apoio do Teatro Experimental de Cascais que co-produziu este espectáculo.


Entramos amanhã na segunda semana. Se ainda não veio, venha ver! Pode reservar bilhetes aqui. Se já viu, deixe-nos o seu comentário aqui no blog ou se preferir envie-nos um e-mail. Dado o cariz experimental desta companhia que agora apresenta o seu primeiro trabalho, todas as críticas construtivas são bem-vindas, pois o ideal é sempre evoluir.

Backstage

Algumas fotos dos bastidores de um dos espectáculos da semana passada. Em breve há mais...
(Daniela e Armando,Daniela, Aline, Miguel e Carlos)











quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Letra da música-tema "I have a Dream"


I HAVE A DREAM


With my soul in my dreams
I am here 'cause I have a dream

It's my turn to say something
In this world we're living in
A new time has just begun
And there's so much for us to learn

What we think and what we dream
Stay in touch and hear our scream
You and I we're just the same
So come along and sing again

With my soul in my dreams
I am here 'cause I have a dream


We are young and we believe
In love, in hope, in peace, in freedom
All 'cause we have a dream


Letra e Música: Aline Frazão e Thiago Justino

Agora pode ouvir a música no nosso site.

Making Of

Primeira missão: cumprida! Estreámos ontem. Correu bem. =)

Como prometido, aqui vão algumas fotos do Making Of. As próximas serão dos bastidores =)

Venham ver DOCE PÁSSARO DA JUVENTUDE!
No TEC até dia 11!










OBRIGADO A TODA A EQUIPA!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

RESERVE O SEU BILHETE ONLINE

Semana de ensaios no TEC: electrizante. Juntar todos os elementos, compor cenários e luz, adaptar corpo e voz ao espaço do teatro e claro... sempre descobrindo novos traços, novos momentos, novas motivações, novas imagens desta enorme tela.


"Doce Pássaro da Juventude" estreia já para a semana. Com a abertura do nosso site tem a oportunidade de reservar o seu bilhete com 20% DE DESCONTO. Para tal, só precisa de deixar o seu nome e contactos no espaço "RESERVAS ONLINE".


Em breve teremos aqui no blog algumas fotos do "Making Of" deste espectáculo.

Lançamento do Website

Já está disponível na internet o nosso site:

www.docepassarodajuventude.com


Não deixe de visitá-lo para saber um pouco mais deste projecto.

sábado, 22 de novembro de 2008

sábado, 15 de novembro de 2008

Canal no YouTube

Visita o nosso canal no YouTube:
www.youtube.com/teatromulticulturas

Este é o nosso primeiro video. Um slideshow com fotografias tiradas por Pascal C.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"I Have a Dream"

Já lá vão cerca de oito meses de ensaios e há sempre tanto para aprender, descobrir e explorar. Partituras, dinâmicas, canções, teatro-dança, monólogos e recentemente a ideia de um DJ e um VJ, mais dois percussionistas. Todas as artes podem ser aproveitadas para passar a mensagem que se pretende com esta encenação ousada do “Doce Pássaro da Juventude”.

Importa que essa linguagem seja próxima dos tempos de hoje, da juventude. Importa que cada um se reveja em algum elemento, em alguma cena, em alguma problemática, em algum ritmo. Essa é a força da performance, a sua versatilidade.

«O que fazer com a juventude? Como aproveitar essa fase doce e livre da vida? Como lidar com o “Narciso” que há dentro de todos nós? Como denunciar a hipocrisia da sociedade? Quais os nossos valores? Qual a nossa identidade?» São vários os temas que podem ser levantados neste texto de Tennessee Williams muito actual e pertinente.

Mas à parte do texto, este grupo pretende desenvolver uma linguagem muito própria, essa tal aliança entre várias formas de expressão artística que culmina no lema “Integração através da Arte”, do Teatro Multiculturas.

Porque todos nós temos esse sonho… e por mais que às vezes pareça impossível concretizar algum projecto num contexto como o de hoje, estaremos em palco com um pouco de cada um de nós.

Acompanhem este movimento.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Em construção

Este blog encontra-se em fase de construção. Em breve estaremos online com posts actualizados sobre a Companhia Performática do Teatro Multiculturas e o projecto "Ensaio sobre a Juventude".

Fique atento!